13ºAbril pra Angola celebra 40 anos de capoeira do Mestre Rafael Magnata com programação gratuita

A 13ª edição do Abril pra Angola marca as comemorações pelos 40 anos de trajetória do Mestre Rafael Magnata na capoeira. O evento acontece nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno e no Ponto de Cultura Ajeum de Oyá, ambos no bairro Benfica, em Fortaleza. A programação é gratuita e conta com apresentações, oficinas e vivências que reúnem mestres e mestras da capoeira angola e da cultura popular.

“Iniciamos o ano de 2025 celebrando os 40 anos de capoeira do Mestre Rafael Magnata, com algumas festividades do Abril pra Angola. E, agora, próximo ao final estamos realizando mais uma edição”, afirmou Morena, produtora cultural do evento. “Ao longo de todas as edições miramos em programações ricas de vivências e oficinas com pessoas atuantes na capoeira e cultura popular. Essa edição segue esse caráter e estamos prontos mais uma vez para juntar pessoas que queiram celebrar a capoeira, cultura popular e a trajetória do Mestre Rafael Magnata.”

40 anos de ginga

Mestre Rafael Magnata, nome de batismo Dorivan Rafael dos Santos, é um dedicado praticante e mestre de capoeira angola, discípulo de Mestres Sabiá (PB) e Nô (BA). Ele é o fundador do Centro Cultural Òrun Àiyé em Fortaleza-CE, fundado em 2009, onde leciona capoeira angola, danças afro-brasileiras e populares, musicalidade e artesanato. Sua carreira de 40 anos em dedicação à capoeira e cultura brasileira é marcada por um compromisso com o aprendizado e a preservação dessas tradições.

Celebração afro-brasileira

O evento tem como base a capoeira angola e se propõe a celebrar e fortalecer os movimentos de cultura de matriz afro. “A 13ª edição do Abril pra Angola é uma edição especial comemorativa aos 40 anos de capoeira do Mestre Rafael Magnata, fundador do evento e do Grupo de Capoeira Angola Òrun Àiyé. O projeto celebra e fortalece os movimentos de cultura de matriz afro, tendo como base a capoeira angola somada a outros elementos da cultura popular que revelam a resistência da cultura negra”, explicou.

Para o grupo Òrun Àiyé, a edição deste ano representa um momento simbólico. “É um momento ímpar celebrar essa trajetória do Mestre Rafael Magnata perante à sociedade de forma compartilhada, rica, com capoeira, batuque, festa e com a presença de pessoas tão importantes”, destacou. “Além disso, é um ano que estamos realizando um sonho, uma meta que é sermos reconhecidos como Ponto de Cultura do estado do Ceará. Essa vitória é uma alegria para casa, mas certamente é uma satisfação imensa, um verdadeiro presente para ele, Mestre Rafael.”

A programação inclui a performance ritual A Terra que Tudo Come, apresentada por Jade Pereira Ipojucan com interpretação em Libras, e vivências com mestres e mestras de diferentes estados, como Paraíba, Maranhão, Rio de Janeiro e Bahia. As atividades reúnem capoeira, musicalidade e danças afro-populares, encerrando com a Noite Cultural em parceria com o Ponto de Cultura Ajeum de Oyá.

“O evento é para todos, todas e todes, de qualquer faixa etária. A capoeira é uma luta de resistência, antirracista, inclusiva e a cara da cultura afro-brasileira. É necessário que mais eventos como esse aconteçam em diversos espaços, sejam institucionais ou não”, disse a representante. O projeto é apoiado pelo Edital de Apoio à Difusão Cultural – Festivais, Seminários e Mostras (PNAB 2024), da Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza.


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