O artista visual Blecaute e a designer autodidata Wendy Candy se uniram à Kenner no projeto “Artista Convida”. A dupla cearense trabalhou em parceria para a criação do ensaio fotográfico “Corpo Fechado”. A obra mesclando a cultura regional periférica do Ceará com a força da marca carioca.
Blecaute traz a essência da arte cearense e seus atravessamentos na comunidade local, juntamente com outros artistas da cidade.
A proposta também destaca o movimento de circularidade. Expressando a força da juventude periférica cearense por meio de diversas linguagens artísticas.
“Realizo esse trabalho com tanta, ou até mais alegria, do que a primeira colaboração com a Kenner na Galeria Kenner. Para mim, isso é uma confirmação da seriedade e profundidade da pesquisa e do trabalho que venho desenvolvendo”, disse Blecaute
Para o artista visual, a Kenner reforça o compromisso da marca em “destacar a produção de artistas negros e periféricos”. “Há barreiras geográficas, que muitas vezes acabam isolando o Nordeste, e mais especificamente o Ceará. Ser o primeiro artista cearense convidado pela marca. E, agora, ter a oportunidade de trabalhar com Wendy. Além de tantos outros grandes artistas cearenses é uma grande honra e compromisso.”, relata Blecaute.
Além de Blecaute e Wendy, o trabalho conta com a participação de outros artistas. Helen de Sá, nas peças de vestuário. Alexia Ferreira e Victim, na direção criativa e direção fotográfica. Com edições e finalizações realizadas por Laborartchia; e o modelo Brayan Costa como rosto do projeto.
“A Kenner já faz parte do meu cotidiano, e eu sempre tive uma conexão com a marca. Quando recebi o convite para criar designs que vão além da peça de roupa, que contam uma história e fogem do convencional, percebi o quanto minha arte estava sendo valorizada. Foi uma verdadeira injeção de autoestima, agora não apenas no vestir, mas também no acreditar no meu trabalho. Isso é surreal para mim”, diss Wendy Candy.
Sobre Blecaute
Blecaute é artista visual e nasceu no Conjunto Riacho Doce, no Passaré. Constrói sua trajetória a partir da pintura digital, da colagem e de diferentes materiais, sempre atravessado pela vivência como homem negro e periférico.
Estudante de Filosofia na Uece, ele afirma que “arte, de modo geral, é uma linguagem e cada artista narra sua perspectiva a partir do meio e material que se é possível no momento”.
O nome artístico carrega um posicionamento político contra o racismo. “Significa tornar o mercado da arte possível para pessoas negras e periféricas. Levando a escuridão a um local que antes só tinha os dito ‘iluminados’”.
Em 2025, Blecaute esteve em exposições no Brasil e na França. Além de ter sido convidado para o Prêmio da Música Brasileira.
Confira algumas fotos da obra
Igbá Agência 