O Centro Cultural de Capoeira Angola Òrun Àiyé, fundado pelo Mestre de capoeira Rafael Magnata, está com inscrições abertas para a 6ª edição do evento imersivo Minha Alma Canta Angola, a ser realizado no Hub Cultural Porto Dragão, em Fortaleza, no período de 5 a 8 de setembro.
A 6ª edição do evento traz quatro dias de programação contemplando rodas de capoeira, oficinas de composição e musicalidade da capoeira angola, aprendizados em rimas de coco, oficinas de toques de berimbaus, saraus, rodas de conversa, e muitas vivências ancestrais.
Realizado bienalmente desde 2012, o Minha Alma Canta Angola é uma vivência ancestral de fruição, saberes e valorização da capoeira angola e da cultura afro-brasileira. Nesta edição, o Minha Alma Canta Angola conta com o apoio do Hub Cultural Porto Dragão, espaço cultural da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). Localizado na Rua Boris, 90, no Centro de Fortaleza, o Hub Cultural Porto Dragão receberá as oficinas e vivências do evento.
Outra novidade é a parceria firmada com o Ponto de Cultura e Restaurante Ajeum de Oyá, que receberá as celebrações do giro cultural do Minha Alma Canta Angola, no bairro Benfica.
Intercâmbio Ancestral
Um dos destaques do evento é o intercâmbio cultural e de saberes ancestrais da capoeira angola e de outras manifestações da cultura afro-brasileira, conhecimentos repassados através do Mestre Rafael Magnata, dos treinéis do grupo Òrun Àiyé, e de mestres convidados de diferentes regiões do Brasil.
Inscrições
As inscrições do evento ocorrem por meio do preenchimento do formulário (link aqui), onde os participantes sendo capoeiristas ou não capoeiristas, poderão escolher quais oficinas e atividades se interessam em participar. A abertura do Minha Alma Canta Angola, no Hub Porto Dragão, no dia 5 de setembro e as noites culturais no Ajeum de Oyá, situado na Avenida da Universidade nº 2327, são abertas ao público.
Convidados
Neste ano, o evento traz o Mestre Índio (MA), compositor, defensor e divulgador da capoeira do Maranhão há mais de 53 anos. Fundador da Associação Cultural de Capoeira São Jorge (1987). Possui células modelos de seu trabalho nas cidades de São Luís-MA, Guimarães-MA, Rio de Janeiro-RJ e Nova Friburgo-RJ.
Mestre Messias (RJ), é mestre de Capoeira na Associação Cultural de Capoeira São Jorge, ativista, pesquisador e professor das danças de matriz africanas e danças populares, fundador do ponto de cultura e Ação Local Vidigal Capoeira. Autor do Livro Mestre Índio Maranhão, volume 1 e 2. Idealizou e coordenou workshops e espetáculos de danças. É diretor e preparador corporal de espetáculos e peças teatrais. Realizador de oficinas itinerantes internacionais de danças afro-brasileiras contemplando países como; Itália, Hungria, Sérvia, Suécia, Grécia, Rússia e Romênia.
Silvio Cesar de Santana, conhecido na capoeira como Mestre Pernalonga (SP), iniciou na capoeira aos 12 anos, no grupo Angolinha, com o mestre Carapau. Fundou o grupo Nova Geração de Angola, passou por aprendizados com o mestre Ananias e mestre Bigodinho. Com Ananias aprimorou sua compreensão de musicalidade, e em 2014 recebeu um segundo diploma de mestre. Além de educador, mestre Pernalonga também é reconhecido pelo seu trabalho fonográfico, por meio dos sete álbuns de capoeira que lançou ao longo de sua trajetória.
Mestre Toni Vargas (RJ). Capoeirista há 56 anos, mestre Toni Vargas é artista multifacetado, possui produções diversas nas áreas do teatro, música, poesia e literatura. Formado em Educação Física e Desportos (UFRJ) e Pós-graduado em Dança (UFRJ), possui mais de 200 composições musicais. Toni Vargas já produziu e participou de mais de 10 álbuns fonográficos. Também é fundador do projeto social “Cidadão Considerado”, que possui células nos estados do Rio de Janeiro, Amapá e Paraná. Deu aula em mais de 200 cidades brasileiras e participou de eventos em mais de 25 países.
Kleber Umbelino Lopes Filho, Mestre Bamba, é fundador do Centro Cultural e Educacional Mandingueiros do Amanhã, uma associação voltada para a promoção da cidadania através da Capoeira Angola e demais manifestações afro-brasileiras. O projeto iniciou em 1996, quando ele começou a ensinar capoeira a pedido de crianças do bairro da Madre de Deus, bairro em que nasceu, conheceu a capoeira e cresceu imerso no Bumba-meu-boi, Tambor de Crioula, Tambor de Mina, entre outras manifestações culturais da sua terra. Mandingueiros do Amanhã se faz presente em comunidades quilombolas da região e conta com uma Orquestra de Berimbaus com crianças, adolescentes e jovens de São Luís, e das comunidades quilombolas de Santa Joana, Santa Maria, Santa Luzia e Fé em Deus no Maranhão.
Evangelista José do Nascimento, mais conhecido na capoeira como Mestre Lito. Nasceu em Cabrobó-PE. Em 1968 teve seu primeiro contato com a capoeira em Juazeiro na Bahia. Na década de 70 treinou capoeira com um dos grandes nomes da capoeira de Recife, Mestre Teté e também com o falecido Mestre Linguado. Em meados dos anos 80, Mestre Lito já lecionava capoeira como voluntário na Febem, mais conhecida como Fundação CASA. Em 1990 Mestre Lito veio para São Paulo, onde teve o seu contato com o Mestre Miguel Machado (Associação Desportiva e Cultural Cativeiro Capoeira), que foi divisor de águas para sua vida. Mestre Lito então resolveu se dedicar a Capoeira Angola todos esses anos. O reconhecimento de Mestre de Capoeira Angola aconteceu logo pela comunidade de Mestres de Capoeira como: Mestre Ananias, Mestre Gaguinho, Mestre Bigo e Mestre Zé Baiano, reconheceram o trabalho que Mestre Lito vinha desenvolvendo com Capoeira Angola.
Mestre de capoeira na Associação Cultural de Capoeira São Jorge, sendo reconhecido pelos Mestres Índio (Maranhão-MA), Messias Freitas (RJ) e Carlinhos, fundador do projeto Ao Som do Meu Tambor, que pesquisa e divulga as danças afro-brasileiras. Produtor executivo do Encontro Nacional de Cultura Popular em Nova Friburgo-RJ. E, há mais de 10 anos é responsável pela produção executiva do evento Ao Som do Meu Tambor. É professor de capoeira e danças populares, percussionista, artesão e confecciona instrumentos em geral. Possui em sua trajetória a Inclusão das danças populares em escolas públicas e creches da cidade de Nova Friburgo-RJ. Ministra oficinas com a sua vivência de capoeira e danças de matrizes africanas em todo Brasil. Realiza eventos e já participou de diversos espetáculos da cultura Afropopular, inclusive participou do Espetáculo de Danças Populares “ AFRO EM NÓS “ na cidade de Cachoeiras de Macacú-RJ. E recentemente promoveu workshops de manifestações da cultura brasileira que culminou com o espetáculo: Danças Ao Som do Meu Tambor.

