Aula aberta ao público para dialogar sobre desigualdade racial e como o racismo ambiental e fundiário contribui para o processo de favelização é promovida pelo Projeto Fortaleza Negra, neste sábado (29), no bairro Barra do Ceará, em Fortaleza. A aula será ministrada pelo professor e pesquisador da história e cultura negra cearense, Hilário Ferreira, e a urbanista e arquiteta Cristiellen Rodrigues. O encontro também contará com diversas atrações culturais e baile de reggae.
O Fortaleza Negra foi idealizado pelo artista, produtor cultural e estudante de história da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Douglas Pagodeiro, como um coletivo que visa reescrever a narrativa histórica da capital cearense através da valorização da participação negra em sua formação. “Este projeto surge da necessidade de iluminar a contribuição dos negros na história de Fortaleza, frequentemente relegada à mera escravidão sem o devido reconhecimento de suas ações e influências culturais”, conta
O foco está em mostrar que a população negra não foi apenas vítima da escravidão, mas também protagonista de resistências e influências culturais fundamentais para a cidade. Através de uma abordagem educacional, acessível e gratuita, o projeto visa popularizar essas narrativas esquecidas ou subvalorizadas.
Aulas

A primeira aula ocorreu em 02 de junho de 2024, abordando os seguintes tópicos: 1. Pós-Abolição no Ceará e no Brasil: Uma análise das consequências da abolição da escravatura em 1884 e como ela impactou a vida dos negros libertos, tanto no Ceará quanto no restante do Brasil.
Neste sábado (29), a segunda aula será sobre o Processo de Favelização em Fortaleza: Exploração do fenômeno da favelização na capital cearense, destacando como as comunidades negras se reorganizaram e enfrentaram os desafios do pós-abolição. A aula será na Rua Helenice Paiva Menezes 500, Barra do Ceará. As inscrições podem ser feitas pelo Formulário de Inscrição.
Giro Cultural
O giro cultural fica por conta do Coletivo Barramar, que levará para o Fortaleza Negra diversas atrações. Quem chega junto é o produtor cultural, artista e DJ, KALIL LION com muito reggae; o coletivo Artístico Selo do Século, que mesclam instrumentos orgânicos não-convencionais criado a partir da coleta de lixo e música eletrônica; sarau poético com Lais Eutália, poeta, educadora social, historiadora em formação, escritora capoeirista e vivedora, com Preta Poeta, artista da palavra. Escritora, Slammer e educadora; Fotógrafa Bea Souza, autora as obras do Favelarte, empreendimento independente que ocorre dentro das favelas de Fortaleza que tem como objetivo levar a arte periférica para dentro de outras favelas e exposição fotográfica de Ozeias Araujo, realizador e produtor do projeto “Olharte: Fotografia, Rima e Poesia” e integrante do Coletivo Barramar.

